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Psicultura - Tilápias

A psicultura

 

A piscicultura é uma das modalidades da aquicultura. As especificidades dessa criação são o monitoramento e o controle dos peixes, desde o início da vida até o momento em que são atingidas as condições para consumo.

No Brasil, a produção em 2021 foi de pouco mais de 840 mil toneladas de peixes de cultivo, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). O mercado emprega cerca de 1 milhão de produtores e movimenta aproximadamente R$ 8 bilhões. A tilápia é responsável por mais de 60% dessa produção, alcançando 534 mil toneladas produzidas por ano.

 

As Tilápias

 

Tilápia é um nome genérico e comum o qual identificamos várias espécies de peixes ciclídeos de água doce. Pertencem a subfamília Pseudocrocidolita e em particular ao gênero tilápia. Esses peixes são nativos da Àfrica, mas foram introduzidos em muitos lugares nas águas abertas da America Latina e sul da América do Norte. Em Angola na Àfrica, este peixe também, recebe o nome cacusso.

Nas Américas esta espécie tem forte presença na Flórida, Texas e, em partes do sudeste e sul dos Estados Unidos. No Brasil a tilápia esta presente em todas as regiões, com maior incidência no sul, sudeste e no nordeste. Os cinco maiores estados produtores são:  Paraná (105.392 t); São Paulo (66. 101 t); Santa Catarina (32.930 t); Minas Gerais (27.579 t) e Bahia (22.220 t).

A reprodução de tilápias na natureza

A tilápia prepara o ninho numa área limpa, em água rasa onde a quantidade de oxigênio é abundante. A fêmea deposita os ovos no ninho, que são fertilizados pelo macho, de uma dúzia até mais de 2000. Altamente prolífera, pode gerar quatro desovas por ano, em águas com a temperatura ideal.

A maioria das espécies protegem sua cria na boca, onde são chocados. Isso ajuda os ovos a ficarem oxigenados e os previne de serem atacados por bactérias, fungos e demais predadores.

A introdução da tilápia no Brasil

 

Segundo a EMBRAPA a tilápia  como peixe exótico à nossa fauna ictiológica foi introduzido experimentalmente no Brasil na década de 1950, por uma hidroelétrica de São Paulo, importando a variedade congolesa  (Tilápia rendalli). Em 1971, o governo brasileiro, através do Departamento Nacional de Obras Contra  as  Secas – DNOCS, importa e coloca a tilápia do Nilo (Oreochromis sp) para peixamento dos grandes açudes da Região Nordeste e produção de alimentos. Em 1996, o Brasil importou da Tailândia, a tilápia tailandesa, (Oreochromis niloticus) geneticamente melhorada, variedade que melhor se adaptou às águas tropicais e subtropicais do solo brasileiro. Considerando o ano de 1952, como surgimento desse peixe no Brasil, pode-se afirmar, sem dúvida, que nesses últimos 67 anos, nenhum outro animal aquático, teve o crescimento ponderal e econômico como a tilápia, 223% na última década.

Espécies de tilápias

Embora haja registro de cerca de 100 espécies e subespécies, diferentes, de tilápias no mundo, no Brasil encontramos 5 espécies bem popular entre os tilapicultores, são elas: Tilápia do Congo (Oreochromis rendalli), Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), Tilápia de Mossambique (Oreochromis mossambicus), Tilápia Wami (Oreochromis hornorum) e Tilápia azul (Oreochromis aureus).

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Fonte:

EMBRAPA 

Sociedade Nacional de Agricultura